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A Brasil Game Show (BGS) de 2025, realizada no Distrito Anhembi, prometia ser uma celebração dos jogos, mas entregou uma experiência de contrastes notáveis. Em nome do site Tola.com.br, estivemos presentes para cobrir o evento e trazemos aqui um panorama equilibrado dos altos e baixos desta edição, que, apesar dos desafios, manteve viva a paixão do público gamer.

O Lado Positivo: Jogos e Comunidade em Foco

Um dos pontos altos desta BGS foi, sem dúvida, a atenção dada aos jogos, uma melhoria em relação ao ano anterior. Grandes nomes marcaram presença com estandes notáveis. A SEGA, por exemplo, brilhou com a dinâmica e colorida ativação de Sonic Racing Crossworlds. A PlayStation ofereceu uma experiência com Ghost of Yōtei, e a Nintendo sempre atraiu grande público.

Além dos gigantes, o espaço mobile demonstrou sua força crescente, com estandes badalados de jogos como Clash of Clans, Clash Royale, Brawl Stars, Pokémon GO (Niantic) e Genshin Impact.

Destaque para a Cena Indie

O setor de desenvolvedores independentes, embora menor do que o ideal, revelou joias promissoras. Tivemos a oportunidade de conferir de perto o charme de Eden Frontier, um título que mistura a captura de bichinhos com elementos de Action RPG, e o desafiador Blood Fang, um Souls-like com uma temática furry inusitada. A vitalidade e a criatividade dos estúdios brasileiros, como no caso desses dois títulos, merecem todo o reconhecimento.

Os Desafios e as Polêmicas

A mudança de local para o Distrito Anhembi trouxe consigo problemas logísticos que ofuscaram parte do brilho. O espaço geral se mostrou menor e mais apertado do que em edições anteriores no Expo Center Norte, o que resultou em filas longas para tudo: alimentação, banheiros e até mesmo para a circulação básica, o que gerou frustração para muitos visitantes.

A organização geral do evento também enfrentou críticas. A falta de informação clara e a dificuldade de encontrar equipes (staffs) capacitadas para orientação foram problemas recorrentes. Para a imprensa, a cabine de press se tornou rapidamente um ambiente de escassez, com o reabastecimento de itens básicos se esgotando rapidamente, exigindo uma corrida constante para aproveitar o espaço (devido à falta de empatia de alguns colegas que inclusive pegavam até cinco energéticos e distribuíam entre os colegas do lado de fora do evento).

No entanto, a equipe da Drone sempre correu para conseguir ajudar na cobertura, orientando sobre como chegar à cerimônia e garantindo que fosse possível tirar fotos das atrações, como Hideo Kojima, de perto. Graças a esse esforço, consegui uma foto ao lado da compositora Yoko Shimomura, enquanto ela aguardava para entrar no evento.

A grande polêmica, porém, girou em torno do meet and greet com o lendário desenvolvedor Hideo Kojima. A desorganização na distribuição de senhas — que, segundo relatos, ocorreu de forma limitada e de madrugada, sem aviso prévio claro — impediu que a maioria dos fãs pudessem ter o sonhado encontro, gerando revolta e críticas à gestão do evento.

Olhando para o Futuro

Apesar dos pesares, e com a ressalva de que os ingressos possuem um valor elevado, é inegável que a BGS 2025 cumpriu sua missão de reunir a comunidade. O evento foi uma oportunidade única para reencontros, como a cerimônia de premiação que prestigiou grandes nomes como Hideo Kojima (Death Stranding), a compositora Yoko Shimomura (Kingdom Hearts, Street Fighter), Hideyuki Anbe e Hiroshi Nagaki (Ark System), Naoki Hamaguchi (codiretor de Final Fantasy 7 Remake) e Takashi Iizuka (SEGA).

Em minha percepção como imprensa (Tola.com.br), esta edição parece ter sido um teste para a nova estrutura. É crucial que a organização absorva os feedbacks e promova mudanças significativas, principalmente na logística, fluxo de público e comunicação. O gamer brasileiro é apaixonado e merece um evento à altura. Se a BGS investir em melhorias rápidas, a edição de 2026 tem tudo para acertar mais e honrar sua posição como a maior feira de games da América Latina.

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