Crítica: ‘Jumanji: Bem vindo à Selva’
Quem poderia imaginar que o roteirista e diretor John Hughes, morto em 2009, se tornaria uma referência definitiva para filmes sobre a fase de amadurecimento dos adolescentes? Os longas de Hughes receberam um novo olhar e atualmente são considerados clássicos desse subgênero. Seu segundo filme como diretor e roteirista foi “Clube dos cinco” (1985), que tem seguidamente servido como inspiração para outros diretores. A mais nova produção a usar as ideias de Hughes é o engraçado “Jumanji: bem-vindos à selva”. Não é uma refilmagem ou uma sequência, mas uma nova abordagem do primeiro longa e ainda presta uma pequena homenagem a Robin Williams, que morreu em 2014 e estrelava o filme de 1995.
A história envolve quatro adolescentes que descobrem um antigo videogame e são transportados para dentro do jogo, mas não em sua própria pele. Cada um deles ganha o corpo e as habilidades dos avatares adultos escolhidos, só que suas personalidades juvenis se mantêm intactas. O time faz alusão explícita ao filme de Hughes ao reunir os conhecidos perfis nerd, atleta, garota popular e CDF. A reversão de papéis para todos é o ponto de partida da comédia de aventura: a garota popular vira um homem de meia-idade, o nerd se torna, como diz a tradução, um “homão da porra”, e por aí vai. Com um elenco superafiado, as boas ideias funcionam pela direção segura de Jake Kasdan. O longa ainda reforça a mensagem sobre a necessidade de aceitar as diferenças e rever os próprios conceitos. John Hughes ficaria orgulhoso.