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Peritos carregam o corpo de Champignon
Peritos carregam o corpo de Champignon

O músico Luiz Carlos Leão Duarte Junior, de 35 anos, o Champignon, ex-baixista da banda Charlie Brown Jr., foi encontrado morto no início da madrugada desta segunda-feira (9), em seu apartamento no Jardim Caboré, na zona oeste de São Paulo.

Segundo a delegada Milena Suegama, do 89º Distrito Policial, o músico deu dois disparos de arma de fogo. O primeiro tiro teria sido um teste e foi feito em direção ao chão, e o segundo do lado direito da cabeça.

A polícia trabalha com a hipótese de suicídio. Ao longo da manhã, a delegada esteve no local e ouviu familiares e vizinhos do músico. Muito nervosa, a mulher, Cláudia Campos, contou que discutiu com Champignon no restaurante onde jantaram com um casal de amigos, mas declarou que o marido não era um homem agressivo e não usava drogas ou medicamentos controlados. O casal ainda não foi ouvido pela polícia.

O inquérito para investigar o caso já foi aberto. O síndico do prédio esteve na delegacia para entregar imagens das câmeras de segurança. A pistola, outra arma, celulares e computadores foram apreendidos. Familiares disseram à polícia que o músico estava chateado com a imprensa, por conta das críticas negativas sobre a nova banda, A Banca.

Uma equipe do Samu foi ao local e encontrou Champignon morto com um tiro na cabeça e com uma pistola na mão. Segundo as primeiras informações levantadas no local, o tiro teria sido na boca, mas a delegada afirmou que o disparo foi ao lado da cabeça.
A mulher do músico, grávida de cinco meses, foi levada para um hospital em estado de choque por volta das 2h30 e liberada às 6h40.
O corpo de Champignon foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) antes das 5h para exames. Por volta das 9h30, o IML aguardava apenas a chegada de alguns documentos para a liberação do corpo, que deve ser levado a Santos para ser velado e sepultado no mesmo local que Chorão, o Cemitério Memorial Necrópole Ecumênica. A família pretende realizar um velório para os fãs em um ginásio da cidade.
Segundo informações apuradas pelo jornal “Folha de S. Paulo”, um vizinho ouviu o barulho do tiro e esteve no apartamento de Champignon no começo da madrugada.
O corretor de imóveis Alexandre Banaion relatou que ouviu um barulho de tiro vindo do apartamento do músico por volta da meia-noite, seguido de gritos da mulher e latidos do cachorro do casal. Ele foi até o apartamento, onde encontrou a mulher do músico chorando e gritando “Amor, você não fez isso”.
“Foi horrível, vi o Champignon caído com um tiro na boca e uma arma na mão. Havia muito sangue espalhado”, disse o Banaion à “Folha”.
Comunicados das bandas
Comunicados nas páginas oficiais das bandas Charlie Brown Jr. e A Banca no Facebook informaram a morte do músico e agradeceu o carinho dos fãs: “A Família Charlie Brown Júnior comunica, com pesar, o falecimento do baixista Champignon, que participou de grande parte das formações da banda. Desde já agradecemos todas as manifestações de apoio dos fãs neste momento doloroso, e externamos nosso apoio à esposa, filha e todos os demais familiares”, dizia o texto na página do Charlie Brown, primeiro a ser publicado.
Assim que a notícia da morte do músico foi espalhada na internet, o nome de Champignon ficou em primeiro lugar no Trending Topics (assuntos mais comentados) do Twitter. Músicos, fãs e amigos manifestaram surpresa e fizeram homenagens ao músico.

Júnior Lima, que foi companheiro do baixista na banda Nove Mil Anjos, disse estar em choque. “Acordei agora c a noticia do champ!!! To em choque!!!!! Perdi mais um irmao!!!!!!!! Nao to conseguindo acreditar!!!! Pqp!!!! Alguem sabe o pq?? Se ele deixou algum recado?? O q q aconteceu??? To perdido aqui sem informaçoes!!! NAO CONSIGO ACREDITAR!!!!!”, escreveu no microblog.

O caso ocorre seis meses após a morte de Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr., no dia 6 de março, em São Paulo. O laudo apontou overdose de cocaína como a causa da morte do cantor. Em maio, outro músico que tocou com Champignon, Peu Sousa, foi encontrado morto enforcado com um cinto amarrado no pescoço.

Fonte: Uol.com.br

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