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Container de lixo foi derrubado enquanto manifestantes marcham na Região Central de Porto Alegre (Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)
Container de lixo foi derrubado enquanto manifestantes marcham na Região Central de Porto Alegre
(Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)

Atos de vandalismo marcaram um novo protesto contra o valor da passagem de ônibus emPorto Alegre na noite desta quinta-feira (13). Cerca de dois mil manifestantes, segundo a Brigada Militar, picharam prédios, derrubaram containers de lixo e depredaram lojas e bancos na área Central da capital gaúcha. Pedras também foram arremessadas contra a sede do Tribunal de Justiça do estado. O trânsito foi bloqueado na região.

No final da manifestação, houve um confronto generalizado na Avenida João Pessoa. Tentando dispersar os manifestantes, a Brigada Militar avançou contra o grupo com bombas de gás lacrimogênio. Pessoas ficaram feridas e outras foram presas.

A concentração dos manifestantes iniciou no final da tarde no Largo Glênio Peres, em frente ao prédio da prefeitura. Eles gritavam palavras de ordem, como: “Se a passagem aumentar, Porto Alegre vai parar”. A área foi isolada com cordas pela Guarda Municipal.

Protesto contra o aumento das passagens começou em frente à prefeitura (Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)Protesto contra o aumento das passagens começou
em frente à prefeitura de Porto Alegre
(Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)

O clima pacífico durou pouco. A marcha dos manifestantes pelas principais ruas da capital gaúcha iniciou pouco depois das 19h. Os militantes ingressaram na Avenida Júlio de Castilhos acompanhados de um grande contingente policial, incluindo a Cavalaria.

Já na Avenida Julio de Castilhos, manifestantes tentaram remover de lugar containers de lixo, mas dispersaram com a chegada da Brigada Militar. Lojas na Avenida Voluntários da Pátria foram pichadas com a frase: ‘Fora Fortunati’.

O clima ficou tenso quando a marcha chegou na Avenida Borges de Medeiros. Alí prédios também foram pichados, além de lojas e bancos que foram depredados. A Brigada Militar entrou em ação. Houve correria com a intervenção da Cavalaria.

A marcha chegou em frente ao prédio do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, na Avenida Borges de Medeiros. O Batalhão de Choque da Brigada Militar já estava posicionado em frente ao local, aguardando os manifestantes.

Os militantes gritaram palavras de ordem contra a polícia e, logo em seguida, arremessaram pedras contra o prédio do Tribunal de Justiça do estado.

A caminhada prosseguiu até a Avenida Loureiro da Silva, onde o grupo se dispersou. Mas os atos de vandalismo prosseguiram em outros pontos da cidade.

Por volta das 21h, o trânsito foi totalmente bloqueado na Avenida João Pessoa, onde ocorreu um confronto generalizado entre a Brigada Militar e os manifestantes. Pessoas ficaram feridas e outras foram presas.

O novo protesto ocorreu no dia em que o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS) determinou que a tarifa de ônibus de Porto Alegre continue em R$ 2,85. O relator da medida cautelar destinada à Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC), conselheiro Iradir Pietroski, argumentou que os cálculos apontam para o reajuste para R$ 3,05 apresentam erros e inconformidades.

De acordo com o relator da medida, as inconformidades foram verificadas nas fórmulas de cálculo da depreciação e remuneração da frota de veículos e do pro labore da diretoria das concessionárias. Além disso, foram constatados erros nos cálculos relativos à desoneração da folha de pagamento e do custo de rodagem.

Fonte: G1.com.br

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