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Reprodução/Koo

O Koo está pegando fogo — no bom sentido e já pedindo desculpas pelo trocadilho infame, mas impossível de não ser feito. A rede social indiana, uma ilustre desconhecida da maioria dos tuiteiros até hoje (18) de manhã, sofre uma “invasão” brasileira e deve ganhar em breve uma versão em português.

É isso que promete o cocriador da plataforma, o indiano Mayank Bidawatka, em texto publicado no Medium nesta sexta. No Twitter, o executivo garantiu também que a sua rede deve ganhar mais integração com o próprio Twitter em breve, inclusive com importação de conteúdo e facilidade para encontrar na plataforma Koo seus contatos da Rede do Passarinho Azul.

Koo em português

A Índia é um país com diversos idiomas oficiais que vão muito além do inglês e permitir compartilhamento de conteúdo nessas línguas é um propósito da rede. Assim, a Koo promete que “muito em breve” haverá uma versão em português para que as “hordas” de brasileiros que acessam a rede possam escrever usando seu idioma nativo.

Integração com o Twitter

Sobre a integração com o Twitter, Bidawatka não deu detalhes além de prometer que o recurso estreia logo. “Em breve, permitiremos que você migre facilmente todos os seus tuítes antigos para a Koo e também encontre seus seguidores do Twitter na Koo”, escreveu o executivo.

A ideia parece boa, resta apenas saber se a plataforma realmente vai sobreviver ao interesse inicial do público a fim de manter uma base considerável de brasileiros em suas fileiras a ponto de justificar tantos investimentos.

Polêmicas e invasão brasileira

Os últimos acontecimentos do Twitter pós-aquisição por parte de Elon Musk fizeram muita gente olhar para o lado e procurar guarida em novos espaços virtuais. Assim, nomes como Mastodon e Koo vem se tornando cada vez mais comuns nas discussões sobre redes sociais por aqui.

A Koo tem algumas controvérsias em sua essência, pois surgiu como um espaço alternativo ao Twitter após a plataforma ter problemas com o governo autoritário de Narenda Modi. Assim, sobram acusações de que o ambiente falha na moderação de conteúdo de ódio e extremista.

Apesar disso, Bidawatka garante que a moderação de conteúdo é um dos valores cruciais da Koo. “Acreditamos que as leis de um lugar devem ser seguidas no que diz respeito à moderação de conteúdo”, escreve o executivo. “Por quê? Porque nações sabem melhor dos seus contextos legais e culturais do que uma plataforma baseada em outro país”, prossegue.

“Acreditamos que é desrespeitoso criar as nossas próprias estruturas legais baseadas em um entendimento superficial de um país”, explica o cofundador da Koo. “Não podemos considerar ilegal algo se as leis do país não consideram e vice-versa. Queremos operar respeitando as leis locais”, finaliza o executivo.

No mesmo texto, Bidawatka cita empoderamento das pessoas, idiomas, unidade, neutralidade, transparência, imparcialidade, acesso gratuito para todos e sucesso compartilhado como os demais valores nucleares da Koo.

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