Favorito ao prêmio, Joaquin Phoenix venceu na categoria de Melhor Ator por seu trabalho em Coringa. O intérprete, então, subiu ao palco e entregou um discurso bastante emotivo e pessoal (via Variety).

Não me sinto acima de nenhum dos outros indicados ou de qualquer outra pessoa nesta sala. Todos nós compartilhamos o mesmo amor pelo cinema. Esse meio me deu tantas coisas extraordinárias que nem sei o que eu seria sem ele”, afirmou. “Mas acho que o maior presente que me deu, e a muitos nessa sala, é a oportunidade de usar nossa voz pelos que não têm.

Phoenix continuou: “seja falando sobre desigualdade entre gêneros, racismo, direitos LGBTQ+ ou indígenas, direitos dos animais, estamos falando sobre lutar contra a ideia de que uma nação, uma raça, um gênero ou uma espécie tem o direito de dominar, controlar, usar e explorar outros sem impunidade. Acredito que nos desconectamos demais do mundo natural, e nos sentimos culpados por ter uma visão egocêntrica, a crença de que estamos no centro do universo.

Entramos no mundo natural, roubamos seus recursos. Nos sentimos no direito de inseminar artificialmente uma vaca e então roubar seu bebê quando ele nasce, mesmo que seus gritos de angústia sejam perceptíveis. E então bebemos o leite que é destinado ao bezerro e colocamos em nosso café e cereal”, argumentou. “Quando usamos amor e compaixão como nossos princípios, podemos criar, desenvolver e implementar sistemas de mudança que são benéficos para todos os seres e ao meio ambiente.

Phoenix explicou como o cinema mudou sua vida para a melhor. “Fui um canalha minha vida toda. Fui egoísta, cruel às vezes, alguém difícil de trabalhar. Estou grato porque muitos aqui nessa sala me deram uma segunda chance. Acredito que estamos no nosso ápice quando apoiamos uns aos outros. Não quando nos cancelamos por erros passados, mas sim quando nos ajudamos a crescer. Educamos uns aos outros, e nos guiamos no caminho pela redenção.

Por fim, o ator terminou de forma melancólica ao lembrar de seu falecido irmão River Phoenix, que sofreu uma overdose aos 23 anos de idade, em 1993. “Quando ele tinha 17 anos de idade, meu irmão escreveu uma música em que dizia ‘vá ao resgate com amor, e a paz o seguirá’.

Essa é a primeira vitória de Joaquin Phoenix no Oscar. O ator havia sido indicado três vezes antes de Coringa: uma em 2001 por Gladiador (2000), outra em 2006 por Johnny e June (2005), e mais uma em 2013 por O Mestre (2012).


CORINGA NO OSCAR

O ator rendeu a segunda vitória de Coringa na noite. Indicado a 11 prêmios, o longa levou a estatueta também de Melhor Trilha Sonora Original.

Dirigido por Todd Phillips, a produção narra a história de origem do icônico vilão do Batman, mas com pouca relação com qualquer uma das várias origens que o arqui-inimigo do Batman teve nas HQs e nas telas. Aqui, Arthur Fleck é um homem lutando para se integrar à sociedade despedaçada de Gotham.

Coringa fez história como o filme baseado em HQs com maior número de indicações no Oscar. Além disso, arrecadando mais de US$ 1 bilhão na bilheteria mundial, o longa ultrapassou os filmes do Deadpool e se tornou o longa para maiores mais lucrativo da história.

A 92ª edição do Oscar acontece neste domingo (9) em Los Angeles e Coringa lidera em número de indicações, concorrendo a 11 prêmios; veja a lista completa de indicados


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