Lançado em 1998, Blade: O Caçador de Vampiros foi um marco não apenas para os filmes de super-heróis, mas também para a carreira de David Goyer. Durante seu painel na San Diego Comic-Con, o roteirista relembrou o processo de criação do longa, que começou como um projeto modesto.

Goyer revelou que a New Line Cinema escolheu adaptar Blade em um filme barato por se tratar de uma história de vampiros. Fã do personagem há tempo nos quadrinhos há tempos, o roteirista recebeu carta branca do produtor Mike De Luca para escrever o longa da forma que quisesse. Essa liberdade incluiu também a classificação indicativa para maiores, já que o estúdio tinha atingido grande sucesso com produções de horror como A Hora do Pesadelo.

Ao contrário de O Corvo: A Cidade dos Anjos, que definiu como “uma aula de como não se adaptar HQs”, para Goyer o ambiente criativo em Blade foi animador porque foi a primeira vez em sua carreira em que pôde escrever exatamente o que quisesse, sem interferências editoriais. O estúdio ficou tão satisfeito com o roteiro, que chegou a elevar o orçamento da produção, que deveria ficar entre US$ 6 e 8 milhões, para US$ 48 milhões. “De Luca acreditou e foi louco o suficiente para dizer: ‘dane-se, vamos fazer’. E na época a ideia desse filme de heróis para maior baseado num personagem que não era muito conhecido… Aí aumentaram o orçamento e acabou custando US$ 55 milhões”, relembrou.

O investimento da New Line se mostrou acertado, já que o filme teve uma arrecadação de mais de US$ 130 milhões. “Foi a primeira vez em minha carreira em que eu, Wesley [Snipes] e [o diretor] Stephen Norrington pudemos fazer o que queríamos e criar o filme que queríamos”, celebrou Goyer. Por fim, o roteirista afirmou que não teve uma experiência tão positiva até trabalhar com Christopher Nolan na trilogia do Batman anos depois.

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